Emoção Feminina Pesa na Decisão de Compra de Imóveis: Como Corretores e Imobiliárias Podem se Conectar Melhor com Esse Público

A decisão de comprar um imóvel raramente é apenas racional. E quando falamos do comportamento de compra do público feminino, o fator emocional se torna ainda mais determinante — é o que mostra uma pesquisa inédita realizada pela Brain Inteligência Estratégica, divulgada pela revista VEJA.

Segundo o estudo, mulheres sentem emoções positivas — como empolgação, felicidade e realização — com intensidade de 10% a 20% maior que os homens ao longo da jornada de compra de um imóvel. E, embora também experimentem emoções negativas, como medo ou culpa, o que mais pesa no momento da decisão final é o sentimento de “pertencimento” e a visão de futuro naquele espaço.

Para corretores e donos de imobiliária, esse dado não é apenas interessante — é estratégico. Ele muda a forma como o processo de atendimento, apresentação do imóvel e comunicação devem ser pensados.

Vamos entender melhor como transformar esse conhecimento em ações práticas para vender mais e se conectar de forma mais profunda com suas clientes.

O que diz a pesquisa?

O levantamento da Brain foi feito com consumidores de diferentes perfis e mostrou que, na compra de um imóvel:

  • As emoções positivas são mais intensas entre mulheres do que entre homens;

  • A empolgação com a casa nova muitas vezes é o que faz a família tomar a decisão de compra;

  • Culpa, vergonha e medo também aparecem, mas em menor intensidade, e precisam ser reconhecidas e acolhidas;

  • Em muitos casos, a mulher é quem lidera ou influencia fortemente a decisão final.

Segundo Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain, muitas vezes a mulher “puxa a família” para o processo de compra, argumentando não só com lógica, mas com emoção. Ela visualiza o novo lar como um espaço de conquista, proteção e realização de sonhos.

O que isso significa para corretores e imobiliárias?

✔️ 1. O atendimento precisa ir além da lógica

Mostrar metragem, valor do condomínio e financiamento é necessário — mas não é o suficiente para conquistar o coração da compradora. A mulher quer saber:

  • Como será a vida dela ali?

  • Como aquele imóvel pode trazer conforto, segurança e bem-estar para a família?

  • Quais memórias ela poderá construir naquele lugar?

Você precisa ser capaz de ajudar sua cliente a projetar emoções positivas naquele espaço. E isso começa com escuta ativa: entender o que ela valoriza, o que ela busca para o lar e como ela se imagina vivendo ali.

✔️ 2. A apresentação do imóvel deve ser emocional e sensorial

Ao apresentar um imóvel para uma cliente mulher, foque em elementos que ativam o lado emocional e prático ao mesmo tempo. Por exemplo:

  • Fale sobre a iluminação natural na cozinha, que deixa o ambiente mais leve e agradável;

  • Mostre como o espaço gourmet pode ser perfeito para receber amigos e criar momentos especiais;

  • Comente como a sacada com vista para o pôr do sol pode ser um refúgio no fim do dia.

Mais do que características técnicas, a mulher quer sentir que aquele lugar tem alma e significado.

✔️ 3. Reconheça e acolha emoções negativas

Muitas clientes sentem ansiedade, medo de fazer um mau negócio ou culpa por investir alto em um bem imóvel. O papel do corretor é mostrar com calma:

  • Como o imóvel pode se valorizar;

  • Como o financiamento pode ser acessível;

  • Como aquele investimento pode ser seguro e acertado.

Transparência e segurança emocional são palavras-chave nesse processo. E corretores que conseguem transmitir isso se destacam e geram mais confiança.

Estratégias práticas para aprimorar o relacionamento com o público feminino

✅ Treinamento da equipe para escuta ativa

Não é só ouvir: é entender o que a cliente realmente deseja. Às vezes ela diz que quer um apartamento “claro”, mas o que realmente importa para ela é a sensação de leveza e liberdade. Invista em soft skills para seu time.

✅ Humanize seu marketing

Anúncios frios e genéricos funcionam menos com esse público. Aposte em:

  • Histórias reais de clientes satisfeitos;

  • Depoimentos de mulheres que encontraram o “lar dos sonhos”;

  • Vídeos que mostrem a vivência no imóvel, e não só suas medidas.

✅ Crie experiências no atendimento

Se possível, prepare o imóvel com aromas, música ambiente ou até um café durante a visita. Detalhes assim criam gatilhos emocionais positivos e aumentam a conexão com o espaço.

✅ Atenção redobrada em imóveis para famílias

Mulheres com filhos pequenos, por exemplo, tendem a se preocupar muito com segurança, praticidade, ambiente escolar e áreas comuns. Ter esse olhar atento mostra sensibilidade e gera empatia.

E para os corretores homens: como se conectar melhor?

Você não precisa “forçar” uma linguagem emocional. O segredo está em equilibrar informação técnica com acolhimento emocional.

Exemplo:

“Esse imóvel tem 84 m², três dormitórios e duas vagas — mas o que mais me chama atenção é como o pôr do sol entra pela sala no fim do dia. É algo que transforma o ambiente.”

Essa abordagem mostra que você entende a razão e a emoção, e isso cria mais abertura no relacionamento com a cliente.

Conclusão: Emoção não é detalhe — é fator de decisão

A pesquisa da Brain mostra o que muitos corretores já percebiam na prática: as mulheres não apenas participam, mas lideram muitas vezes a decisão de compra de imóveis, e fazem isso baseando-se em uma conexão emocional com o imóvel.

Corretores e imobiliárias que entendem esse comportamento e adaptam sua linguagem, abordagem e apresentação saem na frente — não só em conversões, mas em construção de relacionamento e reputação.

Vender para mulheres (ou para famílias lideradas por elas) exige mais do que técnica: exige sensibilidade, escuta e presença real. Mas, quando você acerta nessa sintonia, os resultados aparecem — e em dobro.

Fonte: VEJA – Pesquisa aponta que emoções da mulher contam mais na compra de um imóvel

Foto de Equipe Volsi

Equipe Volsi

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