Feiras-Livres: Tradição Brasileira que Pode Desvalorizar Imóveis em Até 20% — O que Corretores e Imobiliárias Precisam Saber

Apesar de fazerem parte do imaginário popular brasileiro e contribuírem para o comércio local e a socialização entre vizinhos, as feiras-livres podem representar um desafio silencioso no mercado imobiliário. Segundo a reportagem da VEJA, imóveis localizados em ruas que recebem feiras chegam a ter uma desvalorização de até 20%, especialmente quando os impactos no cotidiano dos moradores não são compensados por infraestrutura ou planejamento urbano adequado.

Para corretores e imobiliárias, esse dado revela a importância de considerar não só o imóvel, mas também o entorno. Uma bela casa ou apartamento pode ter sua atratividade reduzida por questões logísticas, barulho, restrição de acesso e até acúmulo de resíduos gerados pela feira.

O que isso significa para corretores e imobiliárias?

✔️ 1. Nem toda localização é igual — e a rua importa mais do que o bairro

Ao avaliar um imóvel, não basta saber que está em um bom bairro. O trecho da rua e o uso que ela recebe ao longo da semana (como feiras, eventos e interdições) podem afetar o valor final e a liquidez. O mesmo bairro pode ter variações de preço significativas, dependendo do uso da via pública.

💡 Avaliar localização de forma cirúrgica é diferencial competitivo para o corretor moderno.

✔️ 2. Imóveis perto de feiras exigem uma abordagem honesta e consultiva

Transparência é fundamental. Dizer que “a rua é tranquila”, quando é palco de uma feira toda semana, pode gerar quebra de confiança e afetar sua reputação.

Ao invés disso:

  • Explique como a feira funciona (dias, horários, impactos);

  • Mostre os prós e contras com clareza;

  • Destaque alternativas (como garagens com entrada por outra rua, ou vedação acústica).

💡 Um cliente bem informado é um cliente mais satisfeito — e propenso a indicar seu trabalho.

✔️ 3. Oportunidade para captar imóveis com potencial de valorização futura

Em muitos casos, feiras-livres são desativadas ou transferidas conforme mudanças no plano diretor ou pressão dos moradores. Um imóvel desvalorizado hoje pode ganhar atratividade no médio prazo.

Corretores atentos a isso podem:

  • Captar imóveis abaixo do preço de mercado;

  • Oferecê-los a investidores;

  • Acompanhar o histórico da vizinhança e prever tendências de valorização.

💡 Saber onde está a “próxima mudança urbana” é a chave para bons negócios.

Estratégias práticas para corretores e imobiliárias

✅ Mapeie feiras-livres, dias e horários

Monte um mapa interno da sua área de atuação com:

  • Feiras ativas (e suas autorizações);

  • Horários de funcionamento;

  • Impactos percebidos (barulho, trânsito, coleta de lixo, fechamento da via).

💡 Use essas informações em sua argumentação com clientes compradores e também com proprietários que desejam vender.

✅ Crie conteúdo educativo sobre o tema

  • Faça posts no Instagram explicando os prós e contras de morar perto de feiras;

  • Grave vídeos mostrando a realidade de uma feira às 6h e às 14h (antes/depois);

  • Fale sobre incentivos fiscais em cidades como São Paulo, que oferecem desconto no IPTU em casos assim.

💡 Esse tipo de conteúdo gera autoridade e atrai um público mais qualificado.

✅ Ajude o cliente a tomar uma decisão consciente — mesmo que seja de não comprar

Às vezes, o melhor serviço que você pode oferecer é evitar que o cliente compre um imóvel que não se encaixa no estilo de vida dele. Alguém que trabalha em home office, por exemplo, pode sofrer com o ruído de uma feira semanal.

💡 Ser honesto pode não gerar uma venda hoje, mas gera fidelização e indicações no futuro.

Conclusão: Entre Cultura e Conforto — O Papel do Corretor é Mediar Experiência e Expectativa

Feiras-livres fazem parte da alma brasileira, mas nem sempre combinam com a rotina residencial que seu cliente deseja. Cabe ao corretor entender esse equilíbrio, traduzir as implicações práticas da vizinhança e atuar como um consultor imobiliário completo.

Mais do que vender imóveis, seu papel é orientar decisões seguras e sustentáveis — e isso começa na porta da casa.

Fonte: A vizinhança que tem potencial para desvalorizar um imóvel em 20% – VEJA

Foto de Equipe Volsi

Equipe Volsi

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