A criação do Golden Visa Brasileiro, inspirada em programas semelhantes de países como Portugal e Espanha, representa um marco na política de atração de investimentos estrangeiros. Com esse novo modelo, o Brasil passa a oferecer residência temporária (com possibilidade de residência permanente) para estrangeiros que comprarem imóveis no país dentro de faixas mínimas de investimento — US$ 200 mil (R$ 1 milhão) nas regiões mais desenvolvidas e US$ 100 mil (R$ 500 mil) no Norte e Nordeste.
Essa medida faz parte de uma estratégia maior do governo federal para:
-
Aquecer o mercado imobiliário em diversas regiões do país;
-
Atrair capital estrangeiro direto, especialmente de países da América do Norte, Europa e Oriente Médio;
-
Posicionar o Brasil como destino não apenas turístico, mas também residencial e de qualidade de vida.
E quem atua no mercado imobiliário precisa estar pronto: corretores que se especializarem nesse público-alvo sairão na frente.
O que isso significa para corretores e imobiliárias?
✔️ 1. Um novo perfil de cliente global
O investidor estrangeiro interessado no Golden Visa geralmente busca:
-
Estilo de vida tropical e culturalmente rico;
-
Boa rentabilidade no investimento;
-
Imóveis com liquidez futura;
-
Apoio jurídico e consultoria de confiança.
💡 Corretores que falam outro idioma, dominam o processo legal e sabem mostrar o “lifestyle brasileiro” são mais competitivos nesse cenário.
✔️ 2. Possibilidade de entrar em um mercado dolarizado
As negociações com estrangeiros, especialmente norte-americanos e europeus, costumam ser feitas em dólar ou euro, o que pode:
-
Aumentar o tíquete médio das operações;
-
Gerar comissões mais expressivas;
-
Abrir portas para captação de imóveis em regiões de alto padrão (como litoral catarinense, litoral nordestino, São Paulo e Rio).
💡 Isso permite reposicionar sua atuação para o segmento premium com alcance internacional.
✔️ 3. Maior integração com outros profissionais e setores
Para operar com estrangeiros de forma segura e completa, corretores terão que:
-
Trabalhar junto a despachantes de imigração;
-
Atuar com advogados de direito internacional e fiscal;
-
Formar parcerias com tradutores juramentados, corretores internacionais e escritórios de contabilidade especializados.
💡 Essa rede de serviços torna sua proposta de valor mais robusta e confiável.
Estratégias práticas para corretores e imobiliárias
✅ Crie uma versão internacional do seu portfólio
-
Traduza seu site e anúncios para inglês e espanhol;
-
Use unidades de medida internacional (m², USD, etc);
-
Destaque benefícios de morar no Brasil: clima, custo de vida, saúde suplementar, cultura, belezas naturais.
💡 O seu funil precisa conversar com o olhar do investidor de fora.
✅ Produza conteúdo sobre o Golden Visa e mercado brasileiro
-
Faça vídeos curtos explicando o programa (em inglês, com legenda);
-
Monte um eBook: “Como obter o Golden Visa comprando um imóvel no Brasil”;
-
Responda dúvidas comuns sobre segurança, impostos, retorno financeiro e processos legais.
💡 Isso aumenta sua autoridade digital — e atrai leads qualificados que já pesquisam o assunto.
✅ Cadastre-se em portais internacionais e participe de feiras
-
Anuncie seus imóveis em sites como Realtor.com, Properstar, JamesEdition, Rightmove e outros portais globais;
-
Participe (presencialmente ou virtualmente) de feiras internacionais de imóveis como MIPIM, Expo Real e eventos voltados a brasileiros no exterior.
💡 Ser visível para o mundo é o primeiro passo para ser lembrado.
Conclusão: O Mundo Está de Olho no Brasil — E Quem Estiver Preparado Vai Lucrar
Com o lançamento do Golden Visa Brasileiro, o país se posiciona como uma nova fronteira de oportunidades para investidores internacionais, combinando clima, custo-benefício, localização estratégica e diversidade.
Corretores e imobiliárias que se prepararem — aprendendo, se conectando e se adaptando à lógica global — irão transformar essa política pública em resultado concreto no bolso.
Mais do que vender imóveis, agora é hora de vender o Brasil como destino de investimento e estilo de vida.
Fonte: Imóveis: como o Brasil quer fisgar mais investimentos estrangeiros – VEJA